Pelo texto mandato ao Congresso, setor também terá 50% de todos os rendimentos do futuro Fundo Social do Pré-Sal
A presidenta Dilma Rousseff publicou ontem à noite (3), em edição
extra do Diário Oficial da União, nova medida provisória destinando 100%
dos royalties do petróleo para a Educação. A determinação vale para
futuros contratos em regime de concessão. No sistema de partilha, em que
a exploração das reservas é dividia entre empresas e União, a Educação
ficará com 50% dos rendimentos do Fundo Social do Pré-sal.
A MP
foi anunciada na última sexta-feira (30) em complemento aos vetos da
presidenta Dilma Rousseff à lei que trata da nova distribuição dos
royalties aprovada anteriormente pelo Congresso Nacional.
Com os
vetos da presidenta, os estados e municípios produtores continuarão
recebendo os mesmos percentuais dos contratos no regime de concessão já
firmados
A nota publicada no Diário Oficial aponta como ficará a distribuição dos royalties em novos contratos:
- Estados produtores, que recebem 26,25% de concessão no mar, receberão 20% a partir de 2013.
-
Municípios produtores, que atualmente recebem 26,25%, receberão 15% a
partir de 2013. Percentual que deverá ser reduzido gradativamente até 4%
em 2020.
- Municípios afetados pelas operações de embarque e
desembarque de hidrocarbonetos receberão 3% entre 2013 e 2016, e a
partir daí 2%.
- O Fundo Especial, a ser distribuído entre
Estados e o Distrito Federal, passa a ter 21% em 2013, sendo elevado
gradativamente até chegar a fatia de 27%.
- O Fundo Especial, a ser distribuído entre municípios, também passa a ser 21% a partir de 2013.
Conforme
a Constituição, cada ente federado já tem a obrigação de aplicação
mínima de recursos em Educação. Municípios e estados, por exemplo, têm
que aplicar 25%, cada. A União, por sua vez, deve comprometer 18% de
suas receitas. O mínimo constitucional está mantido, e o dinheiro que
vier da exploração do petróleo vai ser acrescido a este piso.
Os
percentuais defendidos pelos congressistas para a distribuição dos
recursos foram mantidos, mas a nova divisão só vale para contratos
firmados a partir de ontem (3). Com a nova divisão, estados e municípios
não produtores também passam a receber recursos de royalties do
pré-sal. O Congresso terá agora até 120 dias para analisar a MP,
descontado o período de recesso parlamentar.
Fonte: Brasil Atual
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