A pauta da classe trabalhadora nas ruas
01/07/2013
Mobilização esquentou os militantes para o dia 11, quando as centrais sindicais prometem parar o País
Escrito por: CUT-PR
Mais de duas mil pessoas foram até a Boca
Maldita na manhã deste sábado (29) para colocar, novamente, a pauta da classe
trabalhadora nas ruas da capital paranaense. Redução da jornada de trabalho, o
Projeto de Lei das Terceirizações e a tarifa do transporte público foram alguns
dos temas levantados pelos trabalhadores e trabalhadoras.
"A PL 4330 terceiriza todos os
trabalhadores e trabalhadoras deste País, até mesmo o serviço público em todas
as suas instâncias. Se isso for para votação e passar poderemos ser todos
terceirizados. É preciso que este juventude, que serão os trabalhadores de
amanhã, vá para as ruas contra este projeto", enfatizou a presidenta da
Central Única dos Trabalhadores do Paraná, Regina Cruz.
Regina também anunciou uma nova grande
mobilização nacional, marcada para o dia 11 de julho, onde as centrais
sindicais vão promover grandes atos por todo o País. "Mas quero chamar a
atenção. A greve é um instrumento legítimo de todos os trabalhadores e
trabalhadoras. Contudo, não podemos cair no golpe de greves falsas e sem
comando que estão sendo chamadas pelas redes sociais. Estes movimentos não
representam os trabalhadores e trabalhadoras de forma legítima",
completou.
Durante a manifestação, a reforma política
também foi pauta dos militantes que levaram faixas e cartazes pedindo uma nova
configuração do sistema político e eleitoral brasileiro. O membro da executiva
nacional da CUT, Roni Barbosa, reforçou este ponto. "Esta é a principal
pauta da sociedade brasileira. Nós vimos o quanto ela está deslocada das ruas,
do que pensa a juventude e os movimentos sociais no Brasil. É uma reforma
política, através do plebiscito, e é fundamental que seja assim para que a
população possa opinar e estes movimentos possam estar representados",
sentenciou.
O coordenador da Plenária Popular dos
Transportes, André Machado, destacou a importância das mobilizações para a
mudança do País. "Que esta indignação se transforme em mudanças concretas
na vida do povo. A reforma política não pode ser cosmética. Temos que colocar
em questão as estruturas que impedem as conquistas sociais, que impedem
dinheiro na educação, saúde e cultura. Precisamos de uma reforma ampla e
democrática", avaliou.
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