Adriana Czelusniak/Gazeta do Povo
Responsáveis pela Delegacia da Mulher e da Divisão de Policiamento Especial anunciaram o balanço da "Operação Maria"Curitiba: 20 pessoas são presas em operação contra a violência doméstica
Desde setembro, 82 agressores foram presos pela Operação Marias, por meio do cumprimento de mandados de prisão pela Lei Maria da Penha
13/11/2012 | 08:44 | ADRIANA CZELUSNIAK E ANTONIO SENKOVSKIatualizado em 13/11/2012 às 12:43
Vinte pessoas foram presas em Curitiba e região metropolitana, na “Operação Marias”, da Polícia Civil, com a intenção de cumprir mandados de prisão da Lei Maria da Penha, durante esta terça-feira (13). A previsão era a de cumprir 25 mandados de prisão até o fim da tarde e outros 25 estão previstos para a semana que vem pelos 90 policiais que fazem parte do grupo que procura acusados de cometer atos de violência doméstica contra mulheres. Os outros cinco procurados que não foram presos até o fim da tarde de hoje podem ser detidos a qualquer momento.
Todos os presos foram encaminhados para o 9º Distrito Policial de Curitiba e nesta quarta-feira (14) devem ser transferidos para a Casa de Custódia, em Piraquara.
A operação teve início em setembro e desde então já prendeu 82 agressores. O efetivo de policiais envolvidos na operação pertence a várias divisões da Polícia Civil da capital, inclusive à Delegacia da Mulher. Todas as determinações de detenção são resultantes de crimes ocorridos em Curitiba, embora haja possibilidade algumas prisões serem feitas na região metropolitana.
Coletiva
Em coletiva de imprensa no fim da manhã desta terça-feira, o delegado titular da Divisão de Polícia Especializada Marco Antônio Lagana afirmou que a intenção é dar continuidade ao trabalho ao longo das próximas semanas e que não haverá problemas de vagas para os presos que forem capturados pela Operação Marias. “O trabalho será periódico, sistemático e ininterrupto. Temos metas para hoje e para semana que vem e as vagas para esses procurados já estão separadas. As pessoas saem da prisão semanalmente, então as vagas surgem toda semana também”, afirmou.
De acordo com o delegado, a maioria dos mandados é referente a crimes de lesão corporal ou ameaça e, por se tratarem de pessoas que reincidiram no crime, não está prevista a possibilidade de liberação mediante fiança. A previsão é de pena que varie entre 6 meses e 3 anos de detenção.
A Delegacia da Mulher recebe por mês cerca de mil denúncias de violência contra a mulher. “Metade desse número é registrado aqui e a outra metade são boletins feitos em outras unidades da Polícia Civil ou pela Polícia Militar e Guarda Municipal que chegam para nós”, diz a delegada Maritza Haisi, titular da Delegacia da Mulher de Curitiba.
Coordenação
Para unificar o trabalho feito pelas 14 Delegacias da Mulher do estado, está sendo estudado o projeto de criação de uma coordenação estadual. A Coordenadoria Estadual da Defesa da Mulher deve ser coordenada pela delegada Maritza Haisi, e deve estar em funcionamento ainda no primeiro semestre do ano que vem.
“Agora dependemos da formalidade. Já fizemos reunião com as 14 delegadas e estamos discutindo a unidade de procedimento e um plano de enfrentamento da violência contra a mulher”, diz Maritza. Hoje as delegacias têm três subordinações diferentes e a próxima reunião marcada para definir as atribuições da coordenadoria acontece no dia 23 de novembro, em Curitiba.
A Delegacia da Mulher atende a denúncias e dúvidas pelo telefone (41) 3219-8600.
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