quarta-feira, 17 de março de 2010

Agroindústria massacra trabalhadores no noroeste do Paraná


Fonte: Imprensa CUT-PR Data: 10/03/2010

Denúncias de abusos cometidos por patrões infelizmente fazem parte do cotidiano da atuação sindical. Os relatos que chegam à CUT costumam gerar revolta aos dirigentes, já que usualmente são calotes nos trabalhadores e assédio moral. Recentemente chegou à Central um caso que causou perplexidade. Trata-se das condições as quais são expostos os trabalhadores da Agroindustrial Parati, empresa localizada no município de Rondon [região noroeste do Paraná] e responsável pela produção dos Frangos Pramin.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Cianorte e Região [Sintracia], os funcionários reclamam de uma série de atitudes escabrosas da direção da empresa. A revista íntima não é nenhuma novidade, mas é uma prática combatida pela CUT. Porém, a Agroindustrial Parati vai muito mais longe e chega a revistar a marmita dos trabalhadores.

A utilização dos banheiros é outro problema grave. A empresa tranca os principais banheiros e permite o uso de apenas seis sanitários para cerca de 400 funcionários. A utilização é condicionada à permissão do encarregado de setor. Tomar água também é outro transtorno, pois existe apenas um bebedouro no complexo industrial.

O assédio moral também consta no rol de queixas. Segundo relatos, o proprietário da empresa costuma xingar os trabalhadores nas reuniões. Palavras de baixo calão são uma constante. A cartilha do ‘xerife’ é referência para os encarregados, que a seguem a risca no tratamento aos subordinados.

As ilicitudes não param por aí. Não existe transporte adequado para socorrer os acidentados e a CAT [Comunicado de Acidentado de Trabalho] não é emitida. Já os atestados médicos apresentados pelos trabalhadores são comumente questionados. A carga horária é excessiva e a empresa mantém o relógio ponto viciado. Os intervalos para alimentação são desrespeitados e por seguidas vezes os trabalhadores são mantidos nas dependências da empresa sem registrarem a entrada no cartão ponto. Isso acontece quando a produção, por motivos alheios à vontade dos funcionários, não é iniciada no horário previsto.

A CUT Paraná se solidariza com os trabalhadores e, juntamente com o Sintracia, vai tomar as medidas cabíveis para coibir as práticas desumanas da Agroindustrial Parati.

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