Os servidores municipais da cidade Campinas (SP) continuam em greve. O objetivo é reivindicar melhores salários. Os trabalhadores estão parados desde o último dia 20. A paralisação começou depois que o prefeito Doutor Hélio de Oliveira (PTD) recusou negociar reajustes salariais acima de 3%. Os trabalhadores reivindicam a reposição de 7% de perdas salariais e 11% de aumento real, além do reajuste do vale alimentação e extensão dos benefícios aos aposentados. O prefeito negou todos os pedidos dos trabalhadores e afirmou que o aumento em mais de 3% fere a Lei de Responsabilidade Fiscal. Apesar disso, aumentou o seu salário e de seus comissários em mais de 50% neste mês. Com o reajuste, Hélio de Oliveira vai receber R$13,5 mil. O coordenador do Sindicato dos Servidores Municipais de Campinas Marionaldo Fernandes Maciel, afirma que os servidores estão indignados. “Estamos hoje em uma crescente [mobilização] porque é inadmissível que um governante possa aumentar o número de comissionados, aumentar a terceirização na cidade. E [é inadmissível] não ter uma política de reconhecimento do funcionalismo, porque 3% não repõem sequer o índice inflacionário acumulado.” Nas unidades de Saúde, 30% do efetivo exigido pela Lei de Greve estão sendo garantidos pelos servidores. Os grevistas estão realizando passeatas pelo centro da cidade e estão recebendo apoio da população. “A medida consegue desagradar a todos, inclusive a população que apoia o movimento de trabalhadores. 3% para nós e 56% para o governo, os dois aspectos são indecentes”. Os servidores da Guarda Municipal e do Necrotério também devem aderir ao movimento.
De São Paulo, da Radioagência NP,
Aline Scarso. 27/05/09
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça seu comentário, participe !