terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Proposta prevê diminuição da carga horária semanal de 44 para 40 horas

Da Agência Estado.

Foto por Agência Estado
Deputado federal, Temer é cotado para ser vice na chapa de Dilma Roussef.

.Representantes de seis centrais sindicais - CUT, Força Sindical, CGTB, Nova Central, CTB e UGT - voltam a se reunir nesta terça-feira (9), em Brasília, com o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), para estabelecer uma data para a votação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que reduz a jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais.

O encontro está previsto para o final da tarde, após reunião entre Temer e representantes de entidades empresariais, segundo o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, presidente da Força Sindical.

Na terça-feira passada, representantes das seis centrais sindicais recepcionaram deputados e senadores na chegada ao aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, na abertura do ano legislativo. Depois, reuniram-se com Temer para propor a votação da PEC. A ideia é votar a proposta ainda no primeiro semestre porque depois o Congresso será esvaziado pelo período eleitoral.

..Em junho passado, a Comissão Especial que analisa a redução de jornada aprovou o relatório apresentado pelo deputado Vicentinho (PT-SP), que trata desta proposta. A medida também aumenta o valor da hora extra de 50% do valor normal para 75%. As centrais argumentam que com menos horas trabalhadas cerca de dois milhões de empregos serão criados.

Enquanto sindicatos se mobilizam para tentar aprovar a PEC, entidades que representam os patrões se posicionam contra a redução da jornada. A Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp) divulgaram nota nesta segunda-feira (8) argumentando que diversas experiências internacionais mostram que objetivo do projeto - aumento dos postos de trabalho - não será alcançado.

Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp, disse em nota que a redução do período semanal de trabalho, de 48 para 44 horas, estabelecida pela Constituição de 1988, "não criou um emprego sequer".

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