01/12/11 às 21:07 | Da Redação
Assembleia realizada ontem definiu pela paralisação dos servidores a partir da semana que vem (foto: Franklin de Freitas)
Os servidores municipais de Curitiba aprovaram, em assembleia realizada na noite desta quinta-feira (1º), a deflagração de greve a partir da próxima segunda-feira. A assembleia foi chamada há mais de dez dias e, em princípio, trataria da proposta da Prefeitura de implantar a jornada de 30 horas semanais para apenas cinco categorias da saúde. Mas durante esta semana outros fatos levaram o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc) a ampliar o leque de insatisfação.
Além de não oferecer nenhuma proposta nova que incluísse todas as categorias da saúde na nova jornada de 30 horas, a Prefeitura encaminhou para a Câmara de Vereadores mensagens que mexem na estrutura sindical e trabalhista do serviço público municipal. As mensagens alteram a Lei Orgânica do Município, e restringem o número de servidores de licença para atuar nos sindicatos. Segundo o Sismuc, tal mensagem também mexe na lei e alteraria direitos trabalhistas, como o fim da data base para negociação salarial, o fim da obrigação de se repôr automaticamente a inflação e a quebra da isonomia entre as categorias.
Tudo isso pode acontecer se a Prefeitura conseguir aprovar a proposta de emenda 035.00036.2011, que remove os incisos I e II do art. 30, o inciso XII do art. 80, o art. 81 e o art. 100 da Lei Orgânica do Município e o art. 9 dos Atos das Disposições Transitórias. “Essas mudanças estão sendo votadas na calada da noite e querem afetar totalmente a vida dos servidores públicos”, diz Marcela Bomfim, presidenta do Sismuc.
Se a proposta passar, o servidor pode ficar sem nenhum aumento em 2012. Ficar com “0% de reajuste”. Só para comparar, neste ano a Prefeitura foi obrigada a dar 6,5%, que era a reposição da inflação. Mas se a mensagem de emenda for aprovada permitirá que se dê reajuste para a categoria que se quiser em Curitiba, como no caso dos médicos e procuradores, que tiveram reajuste de salário neste ano deixando de fora os vencimentos dos demais trabalhadores.
Com isso, o que deveria ser uma greve das categorias da saúde excluídas das 30 horas, pode se tornar uma greve geral dos servidores. Amanhã, o Sismuc realiza um ato público alertando a população sobre o que está para acontecer com o funcionalismo. Na segunda, a paralisação começa com ato na Praça Santos Andrade e caminhada para a Prefeitura. Os servidores também podem fazer pressão durante a votação na Câmara.
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