terça-feira, 24 de novembro de 2009

Serra perdeu 15 pontos percentuais nos últimos 12 meses, mostra pesquisa

Segundo diretor do Instituto Sensus, desde dezembro de 2008, o governador paulista vem perdendo intenção de votos. Crescimento de Dilma deve-se à exposição na mídia
Por: Redação
Publicado em 23/11/2009, 13:20
Última atualização em 13:20


Para o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, "está claro para a população que Lula melhorou o país e o projetou no exterior" (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência da República, José Serra (PSDB-SP) caiu 7 pontos percentuais na pesquisa CNT/Sensus, na comparação com a última edição do levantamento. Em setembro, Serra tinha 39,5%, mas agora aparece com 31,8% no principal cenário de acordo com levantamento divulgado nesta segunda-feira (23) pela Confederação Nacional do Transporte.

A segunda colocada, pré-candidata do PT, a ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff, subiu para 21,7%. A variação fica dentro da margem de erro de três pontos para mais ou para menos, já que, na pesquisa anterior, ela tinha 19%.

O cenário apresenta Ciro Gomes (PSB-SP) com 17,5% e a senadora Marina Silva (PV-AC) com 5,9%. A comparação fica dificultada, porque o levantamento não repetiu o cenário de setembro Ciro Gomes (PSB-SP) não aparecia na disputa com Serra e Dilma.

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>> Para analista, pesquisas eleitorais estão voltadas a aliançasRealizada entre os dias 16 e 20 de novembro – período posterior ao blecaute ocorrido no dia 10 –, a pesquisa abrangeu 24 estados e entrevistou 2 mil pessoas em 136 municípios das cinco regiões do país.

A princípio, o blecaute não influenciou negativamente a avaliação do presidente ou do governo e nem colou na imagem do presidente ou de sua candidata, Dilma Roussef. Mas isso precisa ser melhor avaliado para ficar mais claro, uma vez que não fizemos perguntas específicas sobre o tema, como também não fizemos sobre (o desmoronamento de três vigas na obra do) Rodoanel. Mas isso deverá ser feito na próxima pesquisa”, disse o presidente da CNT, Clésio Andrade.

"Serra perdeu 15 pontos percentuais nos últimos 12 meses", sustentou o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, referindo-se ao patamar conquistado pelo pré-candidato em dezembro de 2008. Para ele, o crescimento da avaliação de Lula tem como carro-chefe a economia. “Está claro para a população que Lula melhorou o país e o projetou no exterior.

Dois possíveis fatores explicariam esse movimento, de acordo com o presidente da CNT, Clésio Andrade: a recusa de Serra em lançar-se oficialmente à sucessão de 2010 e o apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com altos índices de rejeição. "Há uma tendência de queda", disse Guedes.

Candidata do governo, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, avança por duas razões, na visão do instituto. A pré-aliança com o PMDB deu-lhe exposição maciça na mídia e a colocou mais ao centro do espectro ideológico. O segundo fator é o apoio do presidente Lula.

Apenas duas únicas listas foram repetidas em novembro. Com Serra, Dilma e Marina, a petista é a única que varia além da margem de erro, de 19,9% para 23,5%, na segunda posição. O governador paulista mantém-se em primeiro com 40,5%, pouco acima do patamar de setembro, quando tinha 40,1%. Já a senadora do PV oscilou de 9,5% para 8,1%.

Sem Serra, Ciro Gomes fica à frente de Dilma, com 25% a 21,3%, seguidos de Aécio Neves (14,7%) e Marina Silva (7,3%). Sem o pré-candidato do PSB, Dilma iria a 27,9%, contra 20,7% do governador de Minas Gerais.

Na simulação de segundo turno, a vantagem de Serra diminui em seis pontos percentuais. Ele tinha 49,9% contra 25% de Dilma em setembro e, agora, aparece com 46,8% contra 28,2%.

No confronto com Ciro Gomes em um eventual segundo turno, a diferença cai 8,9%. Serra tinha 51,5% contra 16,7% de Ciro. Em novembro, o tucano ficou com 44,1% das intenções de voto diante de 27,2% do deputado federal.



Avaliação do governo

A avaliação positiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seu governo voltaram a crescer segundo a pesquisa CNT/Sensus. Em novembro, o governo Lula obteve avaliação positiva de 70% dos pesquisados, contra os 65,4% registrados em setembro. A pesquisa avaliou também o desempenho pessoal do presidente, que chegou, em novembro, a 78,9% – em setembro esse índice estava em 76,8%.

Na pesquisa de intenção de voto espontânea, em que não são apresentados os nomes para a disputa eleitoral, Lula continua na frente mesmo sem poder ser candidato, mas com um percentual mais baixo. Em setembro, 21,7% apresentavam desejo de apoiá-lo à presidência, percentual reduzido a 18,1% no levantamento atual.

Com informações da Agência Brasil

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